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quarta-feira, 24 de março de 2010

Ah... E quantos sonhos sem realizar....

Quantos desejos presos no olhar. Quantas vezes eu errei, por não ouvir meu coração. Sinto falta de você que ainda nem conheço... E porque te sinto por perto? Porque invades meus sonhos e pensamentos? Te vejo na poesia do meu dia... Nas cores, flores, músicas, arômas... Se fecho os olhos sinto teus beijos, Se os abro sorrio. Eu juro amor, daria o mundo para ter você aqui.

por Lene Soares

terça-feira, 23 de março de 2010

:. ESPECTRO .:


Quando o viver se torna um tormento,
quando os sonhos se fazem em vão,
quando as sombras nos trazem um alento,
quando a luz nos ofende a visão.

Quando o álcool se torna um remédio,
quando a lágrima uma grande amiga,
quando a felicidade se transforma num tédio,
quando a melancolia soa como uma doce cantiga.

Quando a oração já não faz mais sentido,
quando o amor é um imenso castigo,
quando, no caminho, me sinto perdido,
quando a saudade é um sentimento antigo.

Quando sua presença já não me causa emoção,
quando nada mais no mundo tem importância,
quando o acordar já não tem mais razão,
quando não distingo a humildade da arrogância


Então o que sou, um espectro do meu passado, da minha glória?
Renego toda a minha existência, toda a minha história,
me apego às minhas dores, aos meus horrores, à minha apatia, ao desconforto,
que, por desgraça, por castigo, respiro ainda, apesar de há muito já morto.

Saavedra Valentim · Vitória, ES

domingo, 21 de março de 2010

Hoje sou Saudade...



Hoje vivo e... Estou saudade.
Saudade do teu sorriso a pele doce; teus lábios a delirar nos meus, teu gozo no meu. Saudade do modo que me olhas quando quer beijar... Saudade da escada que ficava para a tua altura alcançar. Saudade de ser tua menina, amiga e mulher. Saudade de te ver andar... Teus passos largos nunca os pude alcançar. Saudade que insuportavelmente tenho que guardar, pois nunca mais vai voltar...


Por Sarah Lee

domingo, 14 de março de 2010


Ninguém venha me dar vida, que estou morrendo de amor, que estou feliz de morrer, que não tenho mal nem dor, que estou de sonho ferido, que não me quero curar, que estou deixando de ser, e não quero me encontrar, que estou dentro de um navio, que sei que vai naufragar, já não falo e ainda sorrio, porque está perto de mim o dono verde do mar que busquei desde o começo, e estava apenas no fim. Corações, por que chorais? Preparai meu arremesso para as algas e os corais. Fim ditoso, hora feliz: guardai meu amor sem preço, que só quis quem não me quis.

Cecília Meireles