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terça-feira, 3 de novembro de 2009

MISERICÓRDIA QUERO


Quantas vezes chorei as lágrimas secas da raiva, as lágrimas amargas da angustia, e as lágrimas frias da solidão?
Quantas vezes a vida torceu minha alma, revirou minha calma, e sangrou meu coração?
Foram tantos os dias de dor e muitos os dias em que me furtaram o amor, foram tantos os dia sem cor e incontáveis os dias de insuportável calor.

Busquei como louca a felicidade, entreguei tudo por ela em minha melhor idade , agi com o que pensava ser atitude e desperdiçei preciosos dias de minha juventude.
Me entreguei a loucura, aos devaneios e as viagens insanas.
Pedi guarida, gritei por socorro e vendi minha alegria.
Fugi de casa fugindo de mim e entrei num buraco sem fim onde tudo o que encontrei foi dor, rancor e humilhação.

Quanto tempo precisei para entender?
Quantos dias se passaram até eu conseguir compreender?
Duro foi meu coração.

Se há algo que aprendi com tudo o que vivi , esse algo é misericórdia.
Misericórdia é mais do que uma palavra ou um ajuntamento de letras, é muito mais do que uma expressão de graça ou de amor, e é bem mais do que um exercício de paciência.
Misericórdia é um atributo, e um atributo divino.
É algo que não temos e que não conhecemos e somente entendemos quando por nós é manifestada.

Misericórdia é a expressão de amor divino por todos aqueles que não merecem .
É a expressão da graça agraciadora manifesta em ação, e em ação de amor, porque amor que não se movimenta ou que não age, não é amor.

Misericórdia é a mola propulsora do perdão, da graça, da volta pra casa.
Misericórdia é o que faz com que Deus te carregue no colo e que ouça as tuas mazelas, tuas manhas e artimanhas, é o que faz com que ELE olhe pra você e com Seu olhar o encontre.

Misericórdia é a face redentora de Deus , que não resiste em nos amar.
Misericórdia é o que me trouxe de volta, o que resgatou minha alma, o que me devolveu a calma, o que estancou o meu sangue, o que sarou minhas feridas, o que perdoou meus pecados , o que resgatou minha vida e me deu a salvação.
Misericórdia é o que renova minha esperança ao ver o sol nascer, e saber que ELE, não desistiu de nós.

Misericórdia, é o que desejo que Deus tenha por ti e que nunca deixe de ter por mim.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Que se dane!



É, eu preciso dizer mais isso, sabe? Me importo demais com coisas ridículas. Que se dane a opinião alheia. A partir de agora, quero não mais perder oportunidades de dizer escrachadamente "eu te amo" para quem amo mesmo. Que se dane se vou me tornar chato ou correr o risco de vulgarizar as tais palavras de amor - não tenho compromisso nenhum com palavras. Tenho, sim, comigo. Vou dizer que amo não por causa de quem é amado, não! Vou dizer por causa de mim, por egoísmo mesmo. Somente para minha gratificação, para meu próprio deleite, quero abraçar
e beijar os meus.
Quero ligar mais para dizer abobrinhas. Quem sabe até enviar e-mails bobos para os que me são caros demais. Que se dane se alguns vão me achar meloso e outros farão chacota, até porque, possivelmente, é exatamente por essa característica que os amo.
Que se dane o natal, o ano novo, a páscoa, os aniversários e quaisquer outras datas festivas. Eu vou é tirar proveito de qualquer situação para dizer aos meus familiares, amigos e até aos colegas de trabalho que eles são importantes para mim, que preciso muito de cada um deles e que se por qualquer motivo não vê-los mais, vou sentir muita falta. Quem sabe dessa forma não me sinta tão roubado no coração se me separar de quaisquer deles.
Quero falar mais, e mais abertamente, do Evangelho de Cristo. Falar que Jesus está vivo, sim, e que é verdadeiro. Que é o único mediador entre Deus e os homens que se sacrificou em nosso lugar, que seu sangue lava todos os nossos pecados, que nos ama individualmente e quer ser o melhor e mais fiel amigo e Senhor de cada um de nós. Farei isso não com aquele nobre e elevado intuito de cumprir a missão de pregar o Evangelho, mas por mim mesmo, para que eu alcance o privilégio, o prazer e a alegria de, onde eu estiver, ter todos eles sempre perto de mim. Tudo movido por egoísmo. Paulo disse que importa é que seja pregado.
Vou dizer para os meus irmãos, os de ventre e os de sangue, que mesmo que eles me desapontem, mesmo que discorde deles, mesmo que me entristeçam e até mesmo se nos desentendermos, acima de tudo, eles são meus irmãos e eu não abro mão de nenhum deles. Com humildade pedirei que façam exatamente o mesmo por mim e que tenham sempre muita paciência comigo porque sei exatamente que tipinho de gente eu sou.
Se meu comportamento causar estranheza, que se dane! Insistirei em amar e não mais abster-me em demonstrar o quanto sou carente dos meus.

"Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade, vocês que são a minha alegria e a minha coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados!" (Fl 4.1)

Fonte by Belchior

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Desligamento emocional com amor



Desligamento não significa deixar de amar...
Significa que não posso fazer pelo outro,
aquilo que ele precisa fazer...
Desligamento não é cortar a comunicação...
É a admissão de que não posso controlar
uma outra pessoa.

Desligamento não é a facilitação,
Desligamento não é negar,
mas aceitar!!...
Desligamento não é azucrinar,rejeitar ou discutir,
porém,descobrir minhas próprias limitações e corrigi-las.
Desligamento não é ajeitar tudo de acordo com os meus desejos,
mas viver cada dia que vier,
e cuidar de mim mesmo (a) nesse dia...
Desligamento não é me arrepender do passado,
mas crescer e viver para o futuro...
enfim...

Desligar-me é temer menos
e AMAR mais!!!....


Vander Campello

Via: ♫ ★No mundo da Lu✿ ♥

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Estações da Vida


Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um em uma viagem, para observar uma Árvore que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão, e o quarto e mais jovem, no Outono. Quando todos eles retornaram, ele os reuniu, e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que não, que ela era recoberta de botões verdes, e cheia de esperanças. O terceiro filho discordou; disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e era tão bonita, que ele arriscaria dizer que era a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.

O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas... O homem então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore... Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de cada um ,assim como o prazer, a alegria e o amor de alguém, só pode ser medido ao final ,quando todas as estações estão completas...

Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza de seu Verão, a expectativa do Outono.... Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.

Não desista, insista através dos caminhos difíceis, e melhores tempos certamente virão de uma hora para a outra!!!

Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós.(Mateus 7:1-2)

Postado por Marcelo Simões

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Hope... Resumo da Ópera


Resumo da Ópera...

Ficaria bem este título, por tudo o que vem acontecendo; seria trágico se não fosse cômico certas situações. Amo o mês de Setembro, gera um sentimento de recomeço, fidelidade, cumplicidade, é harmonioso (risos). Bobagens poéticas à parte... são inúmeras decepções para tão pouco espaço. Minha escrita talvez não consiga expor sentimentos que eu mesma duvidava te-los. Um misto de ódio e amor incondicional, um querer estar e, ficar distante. Em absoluto zelo do criador, ainda não conseguimos romper as fronteiras do meu país com a tão sonhada Angola. A não realização deste desejo, que na realidade é uma não opção da desobediência, se é que me entende. Não sei de fato o quando chorei, sonhei e orei para ir além das fronteiras. Afinal não me canso de fazer menção de o nome de Jesus. Aonde quer que eu vá. Afinal diante desta ópera sou conduzida apenas à aprender... Deus está me ensinando a caminhar. Passo a passo, fé em fé! Desistir!? Não. Eu não tenho permissão para desistir. Só rogo nestas poucas linhas que me restam, ponhe em mim o teu coração.

(Bahia, 26/set/2007).

*

Resumo da Ópera II...

Passados três meses de longas e longas noites de ansiedade e tentativas frustradas e frustrantes. Cá estou eu a descrever o resumo da ópera. Nossa vontade cada vez mais se esvaindo com o ritmo sonoro desta dança. Tanta hipocrisia e desentendimento que jamais esperei. Considerando que não sou mais uma menina, ser provada no fogo é bênção (risos). Faltam apenas dois meses para um ano de novas expectativas e não consigo fechar o enredo desta ópera. Gostaria que fosse apenas uma opereta, daquelas passageiras de um som audaz e diferente, transcendente, fora daqui...

Ainda não conseguimos os abençoados vistos. E, por fim nem passagens. Enfim, vamos aguardar pelo autor de nossa fé. Que seja feito tudo para honra e glória de Jesus!

(31/10/2007).

*

Resumo do último ato da Ópera...

Cá estou eu num frenesi de ritmos em meus pensamentos. Enfim, o fim, ou o que se parece do mesmo. Aliás, tem dias que eu simplesmente desejo ouvir o som dos meus pensamentos. Há uma esperança vaga no ar... Uma conclusão inevitável aos olhos espirituais. Enfim, temos uma Base em Luanda – Angola, na administração local. E, o porque da angústia no peito? Pergunta que só se cala, quando decidimos ouvir a voz do Espírito. Mas a angústia no ar, traz nuvens sobre os mais límpidos pensamentos. Abriu-se uma porta grande e eficaz e nós, nos posicionamos como nossos próprios inimigos e desistimos. Eu não tenho permissão para desistir... Logo, cá estou eu, no interior da Bahia, dando continuação a proclamação do Evangelho simples entre os simples. O sorriso destas crianças, trazem brilho aos mais densos abismos. Suas fraquezas e debilidades me expõem e decido. Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim. Que venham as nações...


(Bahia, 21/11/2007).

*

Quanto a deixar tudo para trás, ainda não é tudo. Volta e meia fico meditando em o quanto tenho sido fiel ao meu Deus cumprindo a palavra: “Aquele que não deixar pai e mãe por amor a mim”. E, segue-se outras palavras no mesmo contexto. A questão é nada do que presunçosamente fazemos é tudo diante do Todo-Poderoso. Dias de aprendizado contínuo, tenho tido a sensação de absoluto e intenso fraco desempenho a missão. Já estou enferma novamente, e esta fraqueza física, me aborrece. Um vazio inesperado me consome, me aborrece! Não posso estar assim na Seara do meu mestre. Cadê meu melhor sorriso? Minha paz interior? Meu vigor? Meu semblante convidativo? Aonde está meus pensamentos??? Senhor preciso recostar minha cabeça no teu peito e aguardar as instruções. Eis_me_Aqui!

*

A Cruz é o preço do meu perdão,
Haja Hope

terça-feira, 9 de junho de 2009

Letargia



"No turbilhão da
vida, não comando o destino. Esta louca corrida enfraquece meu tino. Perco o rumo da ação, fico atrapalhada. Procuro solução, estou tumultuada. Uma força maior manipula os cordéis... Pasma, quero dispor em ordem meus papéis... Luto e não consigo... Não encontro energia... Preciso de um amigo pr´a sair da letargia." Mardilê Friedrich Fabre


Publicado no Recanto das Letras Código de Texto: T448009 Respeite os direitos autorais. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Mardilê Friedrich Fabre). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Os meus extremos...

**
Minha vida é pêndulo. Oscilo entre o bem que desejo e o mal que rechaço. Sei que minhas sombras não são todas ruins e minhas luzes não são todas boas.
Minha vida é sístole e diástole, fluxo e refluxo. No vai-e-vem de minhas emoções choro e rio, fico e vou. Não receio mostrar covardia e hesito nas coragens.
Minha vida é dança na encosta do abismo. Prestes a despencar, no limite do perigo, corro o risco de tornar-me o fiasco do milênio. Mesmo assim, jogo e aposto atrevidamente. Mesmo sabendo que posso ferir-me, enfrento a corda bamba.
Minha vida é estrada esburacada. Nos solavancos das crateras que se abriram pelo caminho, tento aprumar-me. Não quero perder a direção. Vou por trilhas menos pavimentadas, mas vez por outra, cansado, prefiro cortar caminho.
Minha vida é simultaneidade de satisfação e fome. Os desejos cumpridos deixam sobra, um resíduo, de desprazer. Porém, por mais que as inadequações se mostrem onipresentes, celebro contente a minha sorte.
Minha vida é, ao mesmo tempo, vitrine e caverna. Convivo com plataformas e microfones. Falo para platéias. Sou fascinado por silêncios, por alcovas. Audaz com multidões e tímido com pessoas, opto por poucas palavras. Mas, dou a mão à palmatória, falo pelos cotovelos.
Minha vida é mescla de certeza e imprecisão. As dúvidas não me abalam, mas as certezas me confundem. Gosto de questionar e não tenho medo de ficar sem resposta. Os absolutos me incomodam, os dogmas me inquietam, as exatidões me deixam suspeitoso.
Minha vida é ameaça e bênção. Consciente dos ódios que já provoquei, vivo inseguro; sempre procurando redenção. Entusiasmado com a bênção que sou, alço o vôo da águia; sempre ousando novos desafios.
Minha vida é mistura de morbidez e sede de viver. Aguardo o apagar das luzes, reconheço a iminência do meu fim. Contudo, procuro desdobrar os minutos em “nano-frações” de felicidade.
Minha vida é preocupação despreocupada. Temo as contingências, mas o insólito me entusiasma . Repito aos quatro ventos que dores e alegrias entram na fabulosa receita desta existência, que o Criador projetou livre. Não há nada mais deslumbrante que a angústia, e nada mais surpreendente que a felicidade.


por Ricardo Gondim
http://www.ricardogondim.com.br

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Choro de África


O choro durante séculos nos seus olhos traidores pela servidão dos homens no desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas nos batuques choro de África nos sorrisos choro de África nos sarcasmos no trabalho choro de África. Sempre o choro mesmo na vossa alegria imortal meu irmão Nguxi e amigo Mussunda no circulo das violências mesmo na magia poderosa da terra e da vida jorrante das fontes e de toda a parte e de todas as almas e das hemorragias dos ritmos das feridas de África e mesmo na morte do sangue ao contacto com o chão mesmo no florir aromatizado da floresta mesmo na folha no fruto na agilidade da zebra na secura do deserto na harmonia das correntes ou no sossego dos lagos mesmo na beleza do trabalho construtivo dos homens o choro de séculos inventado na servidão em histórias de dramas negros almas brancas preguiças e espíritos infantis de África as mentiras choros verdadeiros nas suas bocas o choro de séculos onde a verdade violentada se estiola no circulo de ferro da desonesta força sacrificadora dos corpos cadaverizados inimiga da vida fechada em estreitos cérebros de máquinas de contar na violência na violência na violência O choro de África é um sintoma Nós temos em nossas mãos outras vidas e alegrias desmentidas nos lamentos falsos de suas bocas - por nós! E amor e os olhos secos. por Agostinho Neto

Palavras...



Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

por Alexandre O'Neill